Mudando Hábitos, entenda o impacto na vida corporativa!
Um hábito é uma disposição que temos de ser ou de agir de forma regular e constante, que se repete conscientemente ou não. São padrões de comportamentos aprendidos que incorporamos ao nosso
repertório diário. E, para nossa felicidade ou desespero, existem os hábitos bons e os nocivos.
O que fazemos e por que fazemos, seja na vida pessoal, corporativa ou em uma
negociação, resultam da ocorrência de três elementos básicos: o gatilho, a rotina e a recompensa, como explica Charles Duhing em seu famoso livro “O Poder do Hábito”.
O gatilho é aquele
sinal que funciona como um lembrete para a execução de uma determinada tarefa. Pode ser um lembrete para iniciar uma reunião, ou aquela vontade insaciável de comer doce após o almoço, como também podem ser aqueles gatilhos que despertam uma reação negativa na negociação.
O segundo elemento do hábito é a
rotina, justamente aquilo que você tem ou deseja ter como ritual diário. Um hábito se cria a partir da repetição da rotina e, de tal forma, que essa ação fica automatizada.
Para completar, acrescenta-se a essa dupla a recompensa, que é o ganho obtido ao fazer aquela rotina. Mantemo-nos firmes na rotina quando a recompensa imediata acontece.
Essa tríade – o gatilho, a rotina, e a recompensa – funciona como um
looping em nossa mente.
Quanto maior a sensação de prazer e bem-estar, mais reforçado ficará o hábito. E o contrário também é verdadeiro. Quanto menor a recompensa, mais difícil será criar um novo hábito. Ficou fácil agora entender por que não é tão simples mudar um hábito ou criar um novo.
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Você já se pegou numa situação como esta: despendemos algumas horas do dia com assuntos e questões improdutivas, que simplesmente deveriam ser eliminadas ou drasticamente reduzidas, em detrimento de questões mais importantes que precisam ser feitas.
Um exemplo disso, na área comercial, é por que optamos por estender aquele papo desnecessário com um cliente, durante uma negociação de vendas, em vez de fazer o registro da visita no CRM ao final do dia?
Em situações como essa, procrastinamos a ponto de acumular os registros para fazer na sexta-feira ou no início do mês seguinte, o que consome horas em uma atividade burocrática e entediante.
A decisão entre estender aquele papo relaxante e agradável ou fazer o registro no CRM ocorre devido ao mecanismo de recompensa. Nossa mente vai sempre optar por aquilo que é mais prazeroso. É aí que mora o perigo!
Quando uma rotina se torna um hábito prejudicial, como procrastinar os registros do CRM, é mais difícil mudá-lo. Esse hábito se infiltra em nossa mente e cria um emaranhado de conexões neurais baseado na recompensa imediata, a tal ponto que, em alguns casos, a pessoa sente que é praticamente impossível eliminá-lo de sua vida.
Se eu desejo mudar um hábito que julgo prejudicial – a procrastinação dos registros do CRM, por exemplo – a primeira atitude é
entender a rotina na qual esse hábito foi instalado, como estender a visita com conversas desnecessárias. Mas eu só consigo mudar algo quando aquilo está claro em minha mente. Portanto, devo me perguntar:
- O que aciona o gatilho – de estender as conversas com meus clientes para além do necessário, por exemplo?
- Eu consigo eliminar esse gatilho?
- Se não conseguir, o que posso fazer quando esse gatilho aparece?
- Qual recompensa imediata eu busco?
- Qual o prazer imediato envolvido?
É importante perceber que, ao entender os elementos desse gatilho e as recompensas que obtenho a partir dessa rotina, passo a ter condições de refletir, agora racionalmente, sobre como esse hábito se instalou. Ou seja, se quero mudar um hábito, preciso considerá-lo sob todos os aspectos. Só assim terei condições de agir para mudar.
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Entender a relevância de se criar bons hábitos é fácil, mas colocar tudo isso em prática, especialmente quando se trata de criar novos hábitos, é um grande desafio para a maioria das pessoas.
Existem diversas teorias sobre como criar um novo hábito. Uma das mais populares recomenda que você faça algo por
21 dias ininterruptos, com horários pré-estabelecidos, para que essa rotina se torne um hábito.
Eu acrescentaria a essa técnica um outro elemento: o desejo. O que nos impulsiona e nos faz sentir potentes? Ao guiar nossa conduta na busca pelos nossos desejos, passamos a ter consciência de que precisaremos abdicar de alguns hábitos para adquirir outros. É com a clareza de nossos desejos que essa espiral negativa dos maus hábitos é quebrada. Nada vem de graça!
Viver repetindo maus hábitos impede que você trabalhe seu potencial pleno e invista seu tempo e energia em outros projetos extremamente importantes para sua vida.
Crie plena consciência de que você é o único responsável por suas escolhas e o único que pode fazer algo para mudar seus hábitos. Isso o fará NEGOCIAR PRA VALER.
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